O poder da fisioterapia na Síndrome de Down

Os bebês e as crianças com Síndrome de Down (SD) demoram mais para adquirir força e controle motor, com isso, devem ser acompanhados por um fisioterapeuta.

Normalmente, a criança com SD que faz fisioterapia motora começa a andar por volta dos dois anos de idade, enquanto a que não faz pode começar a se locomover por volta dos quatro anos. No caso dos bebês, eles podem começar o tratamento a partir do terceiro e/ou quarto mês de nascimento, cujo objetivo é ajudar na sustentação do pescoço e movimentos simples, como rolar, sentar, engatinhar e ficar em pé.

A criança com SD tem todas as possibilidades de desenvolvimento e aperfeiçoamento das outras crianças, mas isso exige um incentivo, estímulo e, principalmente, o apoio da família. A participação dos pais é fundamental, tanto no sentido de troca de informações com o profissional, como para garantir a continuidade da terapia em casa.

O principal objetivo da fisioterapia é despertar o desenvolvimento neurológico e motor por meio de estratégias que visam auxiliar para a independência, autoconfiança e crescimento do pequeno, promovendo, assim, uma aceleração de conjuntos de habilidades motoras, cognitivas e sociais, facilitando sua integração social.

Fisioterapia x Benefícios

  • Combate a hipotonia – quando a criança tem a força muscular diminuída e fica sempre muito molinha;
  • Favorece o desenvolvimento motor e ajuda o pequeno a aprender a segurar a cabeça, sentar, rolar, ficar de pé e andar;
  • Desenvolve e/ou melhora o equilíbrio da postura;
  • Trata a escoliose, a fim de evitar que a coluna fique muito danificada e dificulte as mudanças de postura.

A técnica de Bobath também é uma boa forma para estimular o desempenho da criança com Síndrome de Down. O método consiste em exercícios realizados no chão e/ou com a bola, além de trabalhar os dois lados do corpo e o contralateral. O objetivo da terapia é melhorar o desenvolvimento do sistema nervoso do pequeno.

Outro procedimento bastante eficaz é o PediaSuit, tratamento intensivo e com duração de quatro semanas com até quatro horas diárias de exercícios associado ao uso de um macacão terapêutico ortopédico, promovendo, assim, um ajuste biomecânico e sensorial no paciente.

Por ser um procedimento muito complexo e por utilizar equipamentos de alto nível, é importante ressaltar que para a realização do PediaSuit, é fundamental que o profissional tenha certificados para a atuação.